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quinta-feira, 25 de novembro de 2010


A E.E.Ernesto Solon Borges participou da 3ª. Edição da Olimpíada de Língua Portuguesa realizada pelo Ministério da Educação e da Fundação Itaú Social, com coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). 
A preparação para a Olimpíada teve início em fevereiro, quando os professores iniciaram o estudo de formação continuada ( estudo da maleta), visando orientar a produção textual dos alunos. Em abril iniciaram os trabalhos de oficinas com os gêneros textuais: poema(5º e 6º anos),memórias literárias ( 7º e 8º ano),  crônica ( 9º e 1º E.M) e artigo de opinião ( 2º e 3º ano E.M.).
A escola realizou a primeira etapa em agosto quando através de uma comissão julgadora foram escolhidos os seguintes textos para representar a escola na etapa municipal:  “O lugar onde vivo” (poema) da aluna Mirella Rocha de Oliveira do 6ººano matutino da professora Vânia;“ Lembranças e Saudades” ( memórias) do aluno Agston Rossales de Lima do 8º ano matutino da professora Vânia ; “ Ela Chegou”(crônica) da aluna Victória Borges Jussiani da Professora Léa; “Dois lados da mesma moeda”(artigo de opinião) da aluna Thaís Luiz da Silva do 3º ano E.M. da Professora Léa.
 Na 2ª etapa (municipal) a escola foi vencedora nos gêneros poesia, memórias e artigo de opinião. E na 3ª etapa (estadual)  o texto de memórias “Lembranças e saudades”  do aluno Agston foi classificado em terceiro lugar e passou para a 4ª etapa representando o estado de Mato Grosso do Sul.
O texto do aluno Agston concorreu com os textos das escolas da rede estadual, municipal e particular chegando como semifinalista vencendo escolas consideradas favoritas, mostrando que essa escola realiza um trabalho sério e comprometido com a aprendizagem de seus alunos. Assim pela primeira vez a escola esteve presente na 4ª etapa (regional) da Olimpíada de Língua Portuguesa realizada em Belo Horizonte M.G nos dias 10, 11 e 12 de novembro,
Parabenizamos a todos os professores e alunos pela qualidade dos textos (confira a seguir) e pela dedicação para que esse trabalho tivesse êxito e em especial ao aluno Agston e a professora Vânia que muito nos honrou com uma classificação inédita.  



POEMA
ESCOLA ESTADUAL ERNESTO SOLON BORGES
ALUNA: MIRELLA ROCHA DE OLIVEIRA 6º ANO A
PROFESSORA: VANIA TEREZINHA CAMILOTTI PASTRO


O LUGAR ONDE VIVO

VIVO EM BANDEIRANTES
TERRA DE BELEZAS EXUBERANTES
SE ME PERGUNTAREM ONDE SEMPRE VIVEREI
EM BANDEIRANTES EU RESPONDEREI

CIDADE DA ESPERANÇA. É ACOLHEDORA
COM MUITA GENTE TRABALHADORA.
O CANTO DOS PÁSSAROS AO ENTARDECER
MOSTRA COMO AQUI É BOM PARA SE VIVER.

MINHA BANDEIRANTES CRESCEU
E MUITO EVOLUIU
NOSSA GENTE DESSA EVOLUÇÃO
COM CERTEZA USUFRUIU.

SUAS TERRAS SÃO FÉRTEIS, BOA PARA SE PLANTAR
ESSA É A NOSSA MAIOR RIQUEZA
EM CADA FAMÍLIA, EM CADA MESA
PÃO NÃO HÁ DE FALTAR.

POETA ME TORNEI PARA MEU LUGAR HOMENAGEAR
PARA MIL VEZES REPETIR E EM VERSOS DIZER
BANDEIRANTES É MINHA TERRA... MEU LAR
O LUGAR IDEAL PARA SE VIVER.


                                 MEMÓRIAS
ESCOLA ESTADUAL ERNESTO SOLON BORGES
ALUNO: AGSTON ROSSALES DE LIMA  8º ANO A
PROFESSORA: VANIA TEREZINHA CAMILOTTI PASTRO
               
                         LEMBRANÇAS E SAUDADES

Quando cheguei em Bandeirantes tinha apenas seis anos de idade e fui logo morar numa casa de tábua, bem simples por sinal, que ficava em frente a estrada que ia para Cuiabá, hoje avenida Francisco Antonio de Souza, por onde passava todo tipo de transporte: caminhão, carroças e viajantes.
         O lugar era um vilarejo, com poucas casas, a maioria de taipa, casa feita de barro e madeira. Um posto de gasolina, uma cadeia, bares, o grupo escolar e a colchoaria do meu pai, onde se fazia colchões de capim fechado com botões.
         Naquele tempo as brincadeiras eram diferentes das de hoje, não tinha maldades, podíamos brincar a tarde toda na beira do rio, pega-pega, bola de meia ( única que tínhamos ), de carrinho que fabricávamos com latas de óleo de motor, mas a simplicidade não tirava a beleza das brincadeiras.
         E o cinema então? Esse era o nosso maior divertimento, não esqueço a primeira vez que assisti a um filme, pensei que o trator esteira ia sair da tela e passar em cima de mim, fui motivo de riso, principalmente dos meus colegas.
         Mas nem tudo era festa, ajudava meu pai buscar capim para fazer colchões, depois quando chegou a água encanada tive que trabalhar furando as valetas para ganhar um dinheirinho. Era o fim da água tirada dos poços furados no quintal das casas.
         Da escola não gostava muito, os professores eram muito severos, uma vez puxaram a minha orelha e fiquei com dor muito tempo, por isso não conseguia nem olhar para a escola e acabei indo trabalhar na fazenda.
         A cidade pouco evoluiu, mas continuo morando aqui com minhas lembranças e a saudade das brincadeiras dos dias de chuva, correndo na enxurrada rumo às erosões gigantescas para pular no olho de boi, local onde caía a água da chuva, e nos fazia afundar como se fosse areia movediça, também das brincadeiras de tarzam pendurados nos cipós cruzando de um lado para o outro do rio.
         É DIFÍCIL NÃO TER SAUDADES...

                         CRÔNICA

ESCOLA ESTADUAL ERNESTO SOLON BORGES
ALUNA: VICTÓRIA BORGES JUSSIANI 9º ANO A
PROFESSORA: LÉA PEREIRA DA SILVA

                            ATENÇÃO... ELA CHEGOU!

A cidade está em festa, até que enfim o progresso chegou, um pouco atrasado na opinião dos pessimistas, mas diante da chegada de tão ilustre personalidade que se dane os pessimistas.
         Os fogos cruzavam o céu, toneladas de pólvora foram encomendadas da capital, buzinaço pelas ruas da cidade, afinal ela chegou...
         As pessoas das vilas distantes chegaram cedo, ninguém sabe se era para dar as boas vindas, ficarem mais próximas do prefeito na hora da fotografia ou comerem de graça, mas isso não importa o que realmente importa é que ela chegou para ficar.
         As autoridades estavam ansiosas em seus ternos deslumbrantes retirados do fundo do baú, afinal a ocasião exigia um traje de gala para as boas-vindas... Ela chegou.
         Ela chegou prometendo o desenvolvimento de cinqüenta anos em cinco dias, isso é que é esperança, e se ela não morreu até agora perdeu a chance, porque agora ela chegou.
                  A população se aglomerava diante dela. As mães arrastavam suas crianças pelos braços abrindo passagem pela multidão, só para ficarem mais próximas dela. Felizmente os cachorros haviam fugido com o barulho dos fogos.
         Aquele momento ia entrar para a história daquela gente, pois finalmente ela estava ali, diante dos olhos daquele povo tão sofrido e carente dela. Os políticos também estavam emocionados, de mãos dadas e olhos cheios de lágrimas, mal conseguiam enxergá-la.
         De repente sem que ninguém percebesse alguém cochichou alguma coisa no pé do ouvido do prefeito e ele posicionou-se frente a multidão e deu um brado retumbante.
         ESTÁ INAUGURADA A FÁBRICA DE ROUPAS DE
BANDEIRANTES!  
ARTIGO DE OPINIÃO

ESCOLA ESTADUAL ERNESTO SOLON BORGES
ALUNA: THAÍS LUIZ DA SILVA 3º ANO E.M
PROFESSORA: LÉA PEREIRA DA SILVA

       DOIS LADOS DA MESMA MOEDA

Moro no interior de Mato Grosso do Sul, em uma cidade chamada Bandeirantes. Ela é calma, pequena e tranqüila. Como toda cidade tem seus defeitos e suas qualidades.
         Muitos moradores acham que a cidade é ruim, vivem falando mal de tudo e de todos, falam que a cidade não tem perspectiva de crescimento e é mal administrada.
         Em algumas críticas estão realmente certos, pois ainda faltam muitas decisões a serem tomadas em prol da melhoria nossa pequena cidade. Faltam investimentos privados e governamentais, bem como a participação efetiva da população nas decisões que dizem respeito ao desenvolvimento de Bandeirantes.
         Antigos moradores acostumados à péssimas administrações e quase nenhum investimento na infra-estrutura da cidade é que acabam disseminando opiniões pessimistas em relação à cidade.
         Analisando toda a estrutura socioeconômica e cultural de Bandeirantes, percebe-se que está caminhando certo, rumo ao progresso. Governantes com novos projetos estão, pouco a pouco, mudando o cenário político.
         Quanto moradora e cidadã bandeirantense acredito no desenvolvimento e crescimento da minha cidade, estamos apenas no início e precisaremos de muita paciência e dedicação para atingir esses objetivos, pois, se nós que moramos aqui não acreditarmos nesse progresso quem é que vai acreditar?
         Quando assim for, com todos acreditando mais no potencial de nossa cidade e principalmente sendo mais participativos tenho certeza que o futuro de Bandeirantes será bem melhor.
         Portanto a construção da cidade de nossos sonhos só depende de nós.
        














Um comentário:

  1. Olá! Este prêmio demonstra a importância do incentivo à autoria e ao trabalho coletivo envolvendo toda comunidade escolar. É uma conquista que merece ser divulgada como forma de incentivo à outras escolas.
    Parabéns!
    Abraços

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